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 Seja bem vinda ao espaço educacional Papodebs 

um espaço para aprender sobre Justiça Restaurativa a partir das sabedorias griôs e do cotidiano das histórias

Bora então bater um papo sobre como isso funciona na prática.

A primeira diferença é que aqui você não aprende SOBRE Justiça Restaurativa, mas A PARTIR.

Isso porque nossos cursos e atividades são pautadas nas práticas restaurativas, ou seja, você vai vivenciando a teoria durante os encontros.

Demais né?

Ninguém merece aqueles cursos que te entopem de teoria e depois a gente nem sabe como aplicar isso na vida e nem qual o sentido do que foi aprendido.

Nosso segundo diferencial é que a Justiça Restaurativa que você aprende no Papodebs

tem como missão a transformação social e por isso se alia e se fortalece com outras práticas pedagógicas que apoiam essa transformação.

Ficou muito abstrato? Deixa que eu explico.

A Justiça Restaurativa surgiu por volta dos anos 1970 em países como Canadá, Estados Unidos e Nova Zelândia. A estruturação dessa filosofia e metodologia se deu a partir de questionamentos do sistema formal de justiça. Questionar a punição e o encarceramento principalmente, colocando em evidência como essa forma de lidar com a violência e os conflitos não traz de fato convivências mais saudáveis.

Dentro dessa estruturação foram construídas metodologias que apoiam as pessoas a construírem justiça nas suas relações. Trazendo uma dinâmica a partir do diálogo, onde as pessoas envolvidas são escutadas sobre o que é importante para elas para construírem justiça em suas convivências. Essas práticas foram sendo utilizadas e implementadas em escolas, dentro do Poder Judiciário, entre outras instituições.

Acontece que essa estruturação que conhecemos hoje se deu a partir da inspiração em práticas de povos originários desses países. Eeee como acontece muito com as sabedorias dos povos originários em relação ao apagamento e apropriação, não foi diferente no desenvolvimento da Justiça Restaurativa e logo esses conhecimentos que inspiraram a construção da JR, foram sendo vendidos e repassados sem o cuidado com a memória e muito menos o diálogo com esses povos.

E no Brasil?

Quais são esses povos?

Quem são essas pessoas?

Quais são essas histórias e sabedorias de justiça que tanto são apagadas e silenciadas?

São essas perguntas que nos conectam nessa caminhada por justiça aos saberes

da Pedagogia Griô que é uma pedagogia que busca a geração da consciência comunitária e de um projeto de comunidade/humanidade que tem como foco a expressão da identidade, o vínculo com a ancestralidade e a celebração do direito à vida.

Essa Pedagogia constrói rituais de vínculo e aprendizagem, rituais educacionais, a partir do reconhecimento do lugar social, político, cultural e econômico das/os mestras/es griôs na educação.

E qual a relação com a Justiça Restaurativa?

Os Mestres Griôs são bibliotecas vivas, mestres de capoeira, pajés, lideranças educadoras que através da oralidade, da contação de histórias, da música e cultura constrói ensinamentos e cuida das convivências no coletivo. Compartilham diversos saberes sobre diálogo e principalmente sobre justiça. Aquela construída no cotidiano.

E como a gente faz isso por aqui?

A partir da comunicação. Mas não só a comunicação escrita ou oral. Partimos também da comunicação simbólica, artística como forma de nos expressarmos e aprendermos. É ai que a arte educação entra pra apoiar as expressões que vão além da palavra, como facilitadora da nossa comunicação.

 Uma mistura entre educação, justiça, cultura e arte 

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